Com jingles, decoração e clima de final de ano, muitas pessoas começam a sentir uma sensação negativa. A aflição, pressa ou preocupação pelo tempo que passou são pontos que geram reflexões. Esse conjunto de emoções pode ser chamado de “dezembrite”, que é mais intensificado nas vésperas do Natal e do Ano Novo.
Esse termo é novo e não é algo oficial ou existente no meio da psicologia ou psiquiatria. Porém, os sentimentos que classificam essa síndrome de fim de ano são reais e vivenciados por muitas pessoas. Isso acontece principalmente para quem tem quadros de saúde mental.
Ficou curioso para entender mais sobre a dezembrite? O blog de hoje da DelRio é sobre os sentimentos que envolvem esse termo, além de entender os níveis de intensidade. Continue a leitura e confira mais sobre como identificar, entender e cuidar desse problema.
Afinal, o que é a dezembrite?
A dezembrite é um termo que anda se popularizando desde 2010, sendo discutido por cada dia mais pessoas. Ele define os sentimentos que surgem no último trimestre do ano. É a sensação de desconforto, ansiedade, estresse, preocupação e pensamentos reflexivos sobre a vida, que surgem no fim do ano, principalmente nas datas comemorativas como Natal e Ano Novo.
Ele pode ou não estar ligado a quadros de saúde mental, como ansiedade e depressão. Porém, esse sentimento não é uma patologia e está ligado à personalidade, aos planos de vida e à rotina da pessoa.
Dezembrite e a angústia do fim de ciclo
Existem casos e casos, porém, os sentimentos de um final de ciclo nem sempre são positivos. Finalizar um período da sua vida, seja um trabalho, ano letivo ou relacionamento, causa uma apreensão sobre o que vem por aí ou reflexão sobre o que foi deixado para trás.
A dezembrite está diretamente relacionada a essa ideia de final. Ao chegar nos últimos meses do ano, existe uma espécie de luto ou reflexão sobre o que foi feito ou perdido nos meses passados. Combinado com esse pensamento, as inseguranças sobre o futuro nos pressionam, criando angústia.
O choque entre esses muitos pensamentos e sentimentos gera a angústia da dezembrite, que pode ser expressa com ansiedade, tristeza, isolamento, arrependimento ou pressa. A partir disso, as pessoas tomam atitudes como redefinir as metas, sofrer com frustrações, tentar se isolar ou recuperar o “tempo perdido”.
Saúde mental: como ela influencia o final do ano?
Como dito antes, esse efeito é popular e está afetando cada vez mais pessoas. Assim, é comum perceber que ele é intensificado dependendo da saúde mental. Indivíduos que sofrem com ansiedade e depressão são mais vulneráveis à dezembrite.
Ter uma rotina de autocuidado, buscar tratar sua saúde mental e manter hábitos saudáveis são formas de melhorar o seu final de ano. Além disso, compreender essa energia de finalização faz parte do processo desse período.
Aproveite e confira o conteúdo: como ter disposição para treinar!
Como evitar ou ressignificar os sentimentos negativos da dezembrite?
Os sentimentos de final de ano podem ser ressignificados e convertidos para algo positivo. Esse processo nem sempre é simples e pode levar um tempo de reflexão e compreensão sobre etapas e ciclos. Para te ajudar nesse processo, separei algumas dicas que podem te auxiliar a melhorar a sua experiência nos meses de outubro, novembro e dezembro.
Vale lembrar que em quadros de saúde mental como ansiedade e depressão, é fundamental buscar um profissional para o tratamento. Então, busque um acompanhamento médico para garantir uma melhora na qualidade de vida.
Evite comparações
Atualmente, as comparações com a vida e a rotina de outras pessoas são comuns. As redes sociais e o excesso do seu uso influenciam nossa perspectiva sobre a vida. Entender que cada um tem o seu caminho e desafios individuais é um bom começo para evitar a sensação de “fracasso” por não atingimento de metas.
Além disso, a realidade difere do mundo digital; ou seja, o que é visto no Instagram, TikTok, Facebook e outras plataformas são recortes de momentos.
Pratique a gratidão
Valorizar os momentos rotineiros, pequenos eventos e vitórias do ano é uma forma de entender o seu progresso. Nos dias atuais, é comum achar que a vida é composta por grandes eventos, principalmente pela influência das redes sociais.
Porém, busque refletir sobre as pequenas alegrias do dia a dia, feitos individuais e momentos importantes da sua realidade. A gratidão pelo seu desenvolvimento pessoal evita a dezembrite.
Inclua o autocuidado
O autocuidado é sempre bem-vindo o ano inteiro, auxiliando você com desafios mentais e físicos. Nesses momentos de pressão, autocobrança e arrependimento, é necessário se olhar com carinho. Adicione momentos de autocuidado para aliviar essas tensões e suavizar os sentimentos da dezembrite.
Reflexão sobre os limites
Em meio a tantas cobranças, esquecemos dos desafios e limites que tivemos durante o ano. Assim, para não se culpar no final do ano, pense sobre os limites, desafios superados e o que você precisou enfrentar para finalizar o ano. Esse processo faz com que você entenda haver acontecimentos fora do planejado que não são culpa sua.
Planejamento
Por fim, após todas essas reflexões, tente redefinir as metas, planeje o que é possível fazer para se sentir mais confortável, coloque em prática as metas possíveis nesses últimos meses do ano. Além disso, planeje as próximas metas, entenda a etapa da sua vida e veja os desafios que você tem que ultrapassar no final do ano.
A dezembrite é sempre confusa e cheia de emoções, mas podemos passar por ela. Tire coisas boas desse período, se autoconheça melhor, redefina suas metas e valorize as coisas boas que vivenciou. Assim, você foge da idealização de um ano perfeito e diminui a autocobrança.
Na DelRio, você encontra diversos conteúdos que podem te auxiliar na sua rotina. Continue no blog e confira textos completos sobre autocuidado, ginástica íntima, vida saudável e muito mais. Incluir essas ações que melhoram a qualidade de vida é uma forma de garantir anos melhores!